domingo, 1 de maio de 2016

PARADOXO

Para o meu melhor amigo, George Gouveia.
Te amo, Geo!


Desafiei o tempo
de um passado bem presente
te resgatei da ausência
fazendo atrevida presença.
Pensei numa modificação
mas foi apenas criação
doída
e doida!
Vi maremotos em terra firme
e tempestade de ideias secas
em olhos carbonizados de dor
teu eu não encontrou o meu.
Fiz de você palavras
te expressei em meus discursos
dei cotoveladas nos ladrões
que queriam me roubar de ti
decretei prisões!
Me prendi também
fechei janelas
tranquei portas
desliguei aparelhos
ignorei e-mails.
O retorno foi surpreendente:
Como janela fui fechada
como porta fui trancada
como aparelhos fui desligada
e como e-mails, fui ignorada.
Um “se guarde” desguardado
um “vem me ver” nada enxergado
um “te cuida” bem descuidado.
A última ideia da tempestade seca
me sugere que eu te devolva ao tempo
do mesmo jeitinho que encontrei.
Lá é o teu lugar.
Ah, um aviso meio desavisado:
Não saia do seu tempo para o meu
passei a ser um paradoxo
nesse nosso caso, quem procura não acha.


OBS: Escrevi este poema quando estava passando por uma "dor de cotovelo" daquelas! Tinha acabado um namoro, e revoltadíssima, escrevi isso. No outro dia, peguei o papel, joguei na mesa de Geo e disse: "Olha o que eu escrevi na noite passada". Ele leu e começou a chorar. Eu fiquei sem entender nada:
-Ei, por que você está chorando?
-Isso é o fim?
-Sim, isso é fim. Mas não escrevi isso para você, escrevi para o meu ex.
E ele não conseguia parar de chorar, disse que se identificou demais com o poema. Brinquei:
-Vejo que você me ama mais do que o meu ex, pois ele teve muita raiva ao ler isso... rsrs.
Por essa razão, dedico "Paradoxo" não para o meu ex, mas para meu grande amigo, George Gouveia. kkkkk


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